Resumo: O objetivo deste trabalho é discutir os encontros e desencontros entre produtores de cachaça e agentes institucionais responsáveis pela implantação das chamadas Boas Práticas de Fabricação (BPF). Este trabalho é parte da etnografia em andamento sobre produção, consumo e circulação de cachaça no Brasil. Para os fins específicos deste texto, utilizo material etnográfico elaborado a partir do 3o Seminário Paraibano de Cachaça de Alambique, ocorrido em setembro de 2013 durante o XIV Festival Brasileiro de Cachaça, Rapadura e Açúcar Mascavo, no município de Areia-PB. Na ocasião encontravam-se presentes produtores de cachaça e representantes de instituições públicas e privadas de várias localidades brasileiras. O trabalho reflete sobre as cosmologias desses agentes no que respeita aos processos de produção, armazenamento, envasamento e circulação de cachaça. Está em questão temas como Certificação, Estandardização, Padronização, todos direcionados à promoção de um discurso enaltecedor da cachaça como patrimônio cultural nacional. O texto aborda as condutas dos produtores frente à proposta das BPF, bem como, as atitudes dos representantes institucionais frente à postura dos produtores.
Autor: Djanilson Amorim da Silva (Ninno Amorim)
Ano: 2014
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