Resumo: Trata-se de pesquisa acerca da Educação enquanto componente histórico na preservação do Patrimônio Cultural, com o objetivo de entender que fatores foram determinantes no deslocamento sofrido pela Educação Patrimonial (EP), que vem levando à desventura o modelo civilizatório clássico em benefício das iniciativas oriundas dos diversos grupos formadores da sociedade, e por quais meios o Estado diligencia-se visando dar conta desse passivo. Com essa finalidade analisei a evolução do preservacionismo enquanto processo de formação na modernidade ocidental e sua influência na edificação da nação brasileira; investiguei por quais meios o Estado brasileiro, representado pela União e suas agências, vem assentando a EP na situação pós-moderna, considerando que o Iphan é a principal entidade difusora e catalisadora da temática em território nacional; e, por fim, compreendi como a Pedagogia Griô (PG), tecnologia social desenvolvida com a intenção de suprir as necessidades de grupos historicamente olvidados pelo Estado, favorece processos educativos baseados em referências culturais. Para esse estudo selecionei a Oscip Congregação Holística da Paraíba – Escola Viva Olho do Tempo, já que se utiliza da PG em suas ações na zona rural do município de João Pessoa-PB. Como resultado, pude chegar à seguinte conclusão: de que o Estado tem na diversidade cultural seu eixo determinante, marcando suas políticas culturais, patrimoniais e educacionais; nesse sentido, é dever do Estado, por meio das suas agências, oferecer condições (teóricas e técnicas, sobretudo) para que os diversos grupos sociais possam criar formas de registro e preservação da sua memória.
Autor: Igor Alexander Nascimento de Souza
Ano: 2014
Instituição: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)